Carta Mensal Giant Zarathustra – dezembro 2024

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Performance

Em dezembro, o resultado do Zarathustra foi de 3,32% (358% CDI). Os principais ganhos vieram das posições direcionais tomadas em juros locais e do book de equities, com posições long-short não direcionais em bolsa local.

As principais detratoras de performance foram as posições vendidas em dólar contra uma cesta de moedas, com destaque para rúpia indiana e dólar australiano.

 

Contexto

Nos EUA, os dados apontam resiliência da economia e possíveis desafios quanto ao controle da inflação no país.

A economia americana cresceu a uma taxa anualizada de 3,1% no terceiro trimestre, acima das expectativas do mercado. Já a inflação, refletida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE), registrou alta de 2,4% no headline e 2,8% no core, mostrando sinais de desaceleração, se comparados ao mês anterior. Dados de emprego mistos mostram um mercado de trabalho menos aquecido, mas justifica a cautela do Fed que, após realizar o corte de 25 bps na taxa de juros americana, revisou a previsão de quatro para apenas dois cortes em 2025.

A vitória de Donald Trump nas eleições, com posse marcada para 20 de janeiro, continua a afetar o mercado. Além de herdar um cenário de inflação elevada no país, o presidente eleito possui uma agenda política que tende a ser inflacionária, o que levanta preocupações sobre pressões adicionais sobre os preços. Dessa forma, o cenário de dezembro foi de fortalecimento do dólar e abertura da curva de juros futuros do país, o que impactou positivamente o book de FX com posições compradas em dólar contra o real, mas que teve a performance neutralizada pelas perdas com as posições vendidas em dólar contra rúpia indiana e dólar australiano. O book de juros offshore teve performance neutra, no período.

No Brasil, o pacote fiscal e o projeto de reforma do IR anunciados pelo Ministro Fernando Haddad no final de novembro reforçaram o pessimismo do mercado em relação ao cenário fiscal ao longo do último mês do ano. As revisões para cima nas projeções de inflação para 2025, que atingiram 4,96% segundo o último relatório Focus de 2024, apontam que a inflação deverá permanecer acima do teto da meta.

Em resposta ao ambiente de maior deterioração fiscal e à pressão cambial, o Banco Central elevou a taxa Selic em 100 bps, alcançando 12,25% ao ano, em linha com as expectativas do mercado. A decisão unânime do colegiado veio acompanhada de uma sinalização de continuidade no ciclo de aperto monetário, com a perspectiva de mais duas elevações de mesma magnitude em 2025. A indicação reflete preocupações crescentes com o descontrole fiscal e a valorização do dólar frente ao real.

Mesmo após 9 intervenções do Banco Central no mercado de câmbio à vista, que totalizaram mais de 20 bilhões de dólares leiloados, o dólar encerrou o ano com uma valorização acumulada de 27% em relação ao real – a maior alta em quatro anos. Nesse sentido, as posições tomadas em juros locais foram as principais promotoras de performance no período, além do alpha gerado com posições compradas em dólar contra o real, como já informado anteriormente.

O book de equities long-short onshore teve performance positiva, em dezembro. As posições vendidas foram as principais geradoras de alpha, especialmente em setores de commodities e energia, que enfrentaram volatilidade nos preços e revisões de expectativas, e consumo defensivo. As posições compradas, concentradas em consumo discricionário e construção civil, continuaram enfrentando desafios devido a questões como a demanda interna e o aumento da aversão ao risco, que pressionaram os preços de ativos nesses segmentos.

Em Commodities, a performance foi neutra, com posições direcionais em petróleo e gás natural. Essas foram impactadas pela alta volatilidade sem um direcional claro ao longo do mês, decorrente de tensões geopolíticas, condições climáticas e restrições de ofertas.

 

Posicionamento

O fundo começa janeiro tomado em juros locais e offshore, com destaque para os EUA. No book de FX, o fundo inicia o mês neutro, destaque para posições vendidas em dólar contra rúpia indiana e compradas em dólar contra o real, euro e franco suíço. O fundo inicia o mês comprado em commodities energéticas e, no book de equities, posições long-short não direcionais na bolsa local e equities offshore.

 

Gráficos de dezembro

 

Tabelas 1 e 2: retorno offshore e Brasil / retorno por país, com adição (referentes ao Master)

 

Tabelas 3 e 4: retorno por classe de ativo/ risco de cada classe de ativo (referentes ao Master)

 

 

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