Carta Mensal Giant Zarathustra – janeiro 2025

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Performance

Em janeiro, o resultado do Zarathustra foi de –0,12%. Os principais ganhos vieram das posições long-short não direcionais em bolsa local e posições relativas em commodities energéticas.

As principais detratoras de performance foram as posições direcionais tomadas em juros locais, compradas em dólar contra o real e equities long-short nos EUA.

 

Contexto

Nos EUA, o crescimento de 2,3% do PIB no quarto trimestre de 2024 e o PCE (principal indicador de inflação para o Fed) a 2,6% em dezembro reforçaram o cenário de atividade econômica forte, sustentada por um mercado de trabalho resiliente. Esse quadro levou o Federal Reserve, ao final de janeiro, a interromper o ciclo de cortes de juros, mantendo a taxa básica na faixa de 4,25% a 4,50%. Sob a liderança de Jerome Powell, o Fed manteve a postura cautelosa dos meses anteriores, sinalizando pouco espaço para uma flexibilização mais agressiva no curto prazo.

A decisão unânime do FOMC ocorreu na primeira reunião sob o segundo mandato de Donald Trump. A campanha do republicano gerou preocupação no mercado, que temia que a retórica protecionista mais agressiva – presente em todo processo eleitoral – se transformasse em ações efetivas já no início do mandato, mas o tom mais moderado do presidente e tarifas menos severas aliviaram parte dos prêmios de risco. Esse alívio reduziu o estresse geopolítico, favoreceu a desvalorização do dólar e pressionou o fechamento dos juros futuros no país.

Nesse sentido, as posições direcionais vendidas em dólar contra emergentes foram promotoras de performance – com exceção do par USD/BRL, que estava comprado. Contudo, o book de juros offshore foi detrator, contando com posições tomadas em países desenvolvidos, com exceção da Suíça, que estava aplicado e sofreu leve reversão no período.

No Brasil, a mediana das projeções de PIB subiu para 2,06%, de acordo com o Boletim Focus, que também elevou a estimativa do IPCA deste ano para 5,50%. A inflação acumulada em 12 meses chegou a 4,56% — acima do limite da meta de 3% — contribuindo para a decisão do Copom de elevar a Selic em 100 bps, a 13,25% ao ano, com provável ajuste adicional de mesma magnitude em março. O Bacen segue com discurso cauteloso, enfatizando a preocupação com a desancoragem das expectativas de inflação. Sob a ótica do mercado, é plausível um cenário em que os juros cheguem a 15,75% antes que se considere uma flexibilização, possivelmente adiada para 2026. Entretanto, apesar da preocupação do mercado não ter se alterado significativamente em relação ao fiscal do país, o fechamento da curva futura de juros locais e valorização do real frente ao dólar podem ser parcialmente atribuídos à agenda política nacional amena e aos fatores externos já mencionados. Dessa forma, as posições direcionais tomadas em juros locais, somadas às posições compradas em dólar contra o real, foram as principais detratoras de performance do período.

O book de equities long-short local foi promotor de performance, impulsionado por posições compradas em consumo discricionário, construção civil e seguros, setores que se beneficiaram de revisões otimistas e maior apetite por risco. O equilíbrio entre ativos cíclicos e defensivos garantiu bom retorno ao book, apesar do impacto negativo de algumas posições short em industrials e setores financeiros.

Já o book de equities US apresentou performance negativa, com perdas concentradas nas posições compradas em setores financeiros e real estate, que enfrentaram pressões devido a mudanças nas expectativas de juros e incertezas macroeconômicas. Além disso, setores de industrials e energia também tiveram um impacto negativo com posições relativas, em meio à volatilidade dos preços e revisões nas projeções de demanda global.

Em Commodities, a performance foi positiva, com posições direcionais compradas em petróleo e gás natural. Essas foram impactadas por fatores como a recuperação da demanda global e manutenção de cortes na produção por parte de grandes produtores.

Posicionamento

O fundo começa fevereiro tomado em juros locais e offshore, com destaque para os EUA e Europa. No book de FX, o fundo inicia o mês com viés comprado, destaque para posições vendidas em dólar contra rúpia indiana e compradas em dólar contra libra e dólar de Singapura. O fundo inicia o mês comprado em commodities energéticas e, no book de equities, posições long-short não direcionais na bolsa local e equities offshore.

 

Gráficos

 

Tabelas 1 e 2: retorno offshore e Brasil / retorno por país, com adição (referentes ao Master)

 

Tabelas 3 e 4: retorno por classe de ativo/ risco de cada classe de ativo (referentes ao Master)

 

 

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